segunda-feira, 31 de julho de 2006

eu li.


hoje eu li que o amor é troca. bonito isso, né? eu li que a gente só ama quem está ali sempre ao lado, que sorri com a gente, que chora com a gente, que abre a porta no meio da noite pra gente ter onde se esconder do dia. eu li que o amor é o processo e não a finalidade. de repente isso tudo pode esclarecer o conceito de amor que eu sempre imaginei ter e que, agora, questiono porque sinto diversas coisas sobre diversas outras coisas e fico perdida. mas se eu for pensar em amor sem querer rotular, sem querer saber exatamente como eu devo agir ou o que eu devo sentir, talvez tudo fique mais fácil. acho que se eu não pensar em amor e ficar aqui tentando calcular a intensidade das coisas que eu sinto, vai ser menos doloroso. porque a gente ama quem prova pra gente, nos momentos mais idiotas, que ama a gente também. isso eu li. e de repente é assim mesmo. embora eu admita ser fã dos "grandes" gestos. sou daquelas pessoas que gostam de receber uma música, um poema, uma palavra carinhosa - sem a tal vergonha - na frente dos amigos. mas, de repente, nada disso é demonstrar amor. é tudo muito vão, né? isso é tudo esqueminha pra agradar o ego. quer dizer, quando faço essas coisas eu sou sincera. mas, tá, engorda o ego sim e é aí que a gente esquece de prestar atenção no "eu te adoro" baixinho que escapa quando se está no sofá vendo mtv no fim do domingo. amor é mais além, claro. mas um gostar que vai se calcando tem muitas chances de virar isso que vai pra além. não tem? melhor mesmo é não rotular.
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why georgia? - john mayer