quarta-feira, 1 de novembro de 2006

desassossego.

abre os olhos de supetão. olha em volta. está em seu quarto. olha o relógio e nem bem passaram duas horas. ô, meu deus, quanta dificuldade. é mais um daqueles sonhos que voltam a dançar na sua imaginação. vira para um lado, vira para o outro. duas e trinta. da manhã.
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fecha os olhos. de novo. o calor é intenso. afoga-se no mar de lençóis. aquele cheiro de roupa lavada. lembranças. deixa o sono carregar pela mão. e não dura. vira-se, revira-se, torce-se, contorce-se.
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ouve a voz lá. distante. ouve a canção. sente o toque suave. o calor das mãos e das bocas. como se nunca tivesse havido aquele ponto. é real.
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debate-se. e abre os olhos. novamente. de supetão. vê-se no quarto. em meio a escuridão. no relógio, três horas. da manhã.
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nesse vai-e-vem das horas e dos sonhos, perde-se. é tanta a angústia que nem sabe. mal sabe. e não quer saber. é como se cada batida do coração fosse um soco. é como se cada respiração fosse sufoco.
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estou de volta pro meu aconchego
trazendo na mala bastante saudade
querendo um sorriso sincero, um abraço
para aliviar meu cansaço
e toda essa minha vontade
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que bom poder estar contigo de novo
roçando seu corpo e beijando você
pra mim tu és a estrela mais linda
teus olhos me prendem, fascinam
na paz que eu gosto de ter
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é duro ficar sem você vez em quando
parece que falta um pedaço de mim
me alegro na hora de regressar
parece que vou mergulhar
na felicidade sem fim