nem tão longe, impossível. nem tampouco lá, já!
nem tão longe que eu não possa ver
nem tão perto que eu possa tocar
nem tão longe que eu não possa crer que um dia chego lá
nem tão perto que eu possa acreditar que o dia já chegou
.
depois de anos e de, nos últimos meses, me torturar horrores com isso, fui ao endocrinologista. essas coisas são sempre complicadas pra quem não gosta de problemas. e, desde pequena, encarar a balança sempre foi o meu maior medo. só que, dessa vez, depois de ser bombardeada por todo tipo de coisa agressiva (ainda que involuntária) sobre peso, eu resolvi mudar a perspectiva.
.
admito, não foi tão assustador. a médica viu meus exames recentes de sangue, urina, etc. "tudo ótimo!", me disse com um sorriso no rosto. primeiro passo pra uma consulta tranqüila: saber que está tudo ótimo. depois batemos um papinho sobre hábitos alimentares. contei os meus, ela achou "tudo ótimo". não, eu não como errado. não, eu não como demais. definitivamente a minha gordura não provém da comida. e, aparentemente, nem toda gordura provém da comida. o que é legal saber antes de se martirizar e de fazer justiça com o próprio estômago, se é que eu posso refazer a expressão.
.
mas, mesmo com "tudo ótimo", a minha insatisfação pessoal continuava lá. foi quando ela me perguntou sobre exercícios físicos. ei, doutora, soft spot! DETESTO com todas as minhas forças essas coisas que fazem a gente suar e se sentir cansado, sem fôlego, com dores. acho tortura (daquelas tipo eua x afeganistão) e não benefício. e ela, claro, não gostou desse prospecto. "bom, você pode não gostar, mas precisa fazer." momento ruim número um: precisar fazer. se tem uma coisa nessa vida que eu odeio ouvir é "precisar fazer" porque, inevitavelmente, não há alternativa. você precisa fazer e, se não fizer, prejudica a si próprio.
.
mas o pior estava porvir: a hora fatídica da balança. é óbvio que, meus queridos, eu não vou revelar aqui o que estava marcando lá em cruéis numerozinhos vermelhos mas vou dividir com vocês que foi um alívio saber que era menos do que eu esperava e que tem uma solução menos drástica do que todas as torturas chinesas que eu andava sonhando nos últimos dias, antes dessa consulta. mas, ainda assim, não está perto do ideal... que dirá, do "magro".
.
mas, como eu disse pra ela, "magro" está fora de cogitação. eu não quero ser magra, seca, esquálida, gisele bündchen. eu quero não correr o risco de infartar aos quarenta e estar satisfeita com a minha cintura. graças à deus (ou a qualquer força superior na qual vocês acreditem), isso não equivale à "magro". não no meu vocabulário. esse ser superior me agraciou com uma estrutura óssea larga, ou seja, ancas generosas, pernas compridas que podem abrigar muito bem as minhas coxas largas, ombros igualmente largos que não acumulam aqueles ossos feios saltantes, as tais "saboneteiras". é, eu não estou tão mal assim e, sim, eu tenho "cura".
.
pra resumir a ópera, depois dessa encheção de lingüiça (que, aliás, passou a ser um item a ser evitado) a dieta vem com tudo. e eu me comprometi a fazer uns exercicinhos só pra não deixar a endocrinologista triste. até passei no curves, marquei avaliação e prometo começar em duas semanas, no máximo. e, é claro, como incentivo (emagrecer do nada não é exatamente uma coisa fácil, simples e prazeirosa), eu ganhei um remedinho que potencializa tudo o que eu já venho fazendo. e isso é legal porque eu, esse ser imediatista, vou ver resultados mais rapidamente e, com isso, me empolgar mais com a rotina de uma pessoa que quer ser feliz consigo mesma.
.
é claro que nem tudo é uma maravilha, por mais que tenha soado até então... o álcool foi cortado. meudeus! mas, também, quando a gente tá caminhando bem, pra porta da felicidade e da realização, isso vira item supérfulo. e é por isso que eu não fiquei tão azeda assim: porque eu tenho um objetivo maior que não precisa do consolo e da desinibição que o álcool vinha me trazendo. afinal, eu andei bebendo à torto e à direito pra não ter que enxergar o meu problema. e agora que enxerguei e vi uma solução menos dolorosa do que a que eu esperava, álcool pra quê?
.
a hora é de botar em prática, mas eu gostei muito da idéia e vocês sabem como são taurinas, né? teimosas, determinadas. e com incentivos então, beleza. eu sei que eu vou chegar lá!
.
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ouvindo: a montanha - engenheiros do hawaii.
nem tão perto que eu possa tocar
nem tão longe que eu não possa crer que um dia chego lá
nem tão perto que eu possa acreditar que o dia já chegou
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depois de anos e de, nos últimos meses, me torturar horrores com isso, fui ao endocrinologista. essas coisas são sempre complicadas pra quem não gosta de problemas. e, desde pequena, encarar a balança sempre foi o meu maior medo. só que, dessa vez, depois de ser bombardeada por todo tipo de coisa agressiva (ainda que involuntária) sobre peso, eu resolvi mudar a perspectiva.
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admito, não foi tão assustador. a médica viu meus exames recentes de sangue, urina, etc. "tudo ótimo!", me disse com um sorriso no rosto. primeiro passo pra uma consulta tranqüila: saber que está tudo ótimo. depois batemos um papinho sobre hábitos alimentares. contei os meus, ela achou "tudo ótimo". não, eu não como errado. não, eu não como demais. definitivamente a minha gordura não provém da comida. e, aparentemente, nem toda gordura provém da comida. o que é legal saber antes de se martirizar e de fazer justiça com o próprio estômago, se é que eu posso refazer a expressão.
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mas, mesmo com "tudo ótimo", a minha insatisfação pessoal continuava lá. foi quando ela me perguntou sobre exercícios físicos. ei, doutora, soft spot! DETESTO com todas as minhas forças essas coisas que fazem a gente suar e se sentir cansado, sem fôlego, com dores. acho tortura (daquelas tipo eua x afeganistão) e não benefício. e ela, claro, não gostou desse prospecto. "bom, você pode não gostar, mas precisa fazer." momento ruim número um: precisar fazer. se tem uma coisa nessa vida que eu odeio ouvir é "precisar fazer" porque, inevitavelmente, não há alternativa. você precisa fazer e, se não fizer, prejudica a si próprio.
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mas o pior estava porvir: a hora fatídica da balança. é óbvio que, meus queridos, eu não vou revelar aqui o que estava marcando lá em cruéis numerozinhos vermelhos mas vou dividir com vocês que foi um alívio saber que era menos do que eu esperava e que tem uma solução menos drástica do que todas as torturas chinesas que eu andava sonhando nos últimos dias, antes dessa consulta. mas, ainda assim, não está perto do ideal... que dirá, do "magro".
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mas, como eu disse pra ela, "magro" está fora de cogitação. eu não quero ser magra, seca, esquálida, gisele bündchen. eu quero não correr o risco de infartar aos quarenta e estar satisfeita com a minha cintura. graças à deus (ou a qualquer força superior na qual vocês acreditem), isso não equivale à "magro". não no meu vocabulário. esse ser superior me agraciou com uma estrutura óssea larga, ou seja, ancas generosas, pernas compridas que podem abrigar muito bem as minhas coxas largas, ombros igualmente largos que não acumulam aqueles ossos feios saltantes, as tais "saboneteiras". é, eu não estou tão mal assim e, sim, eu tenho "cura".
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pra resumir a ópera, depois dessa encheção de lingüiça (que, aliás, passou a ser um item a ser evitado) a dieta vem com tudo. e eu me comprometi a fazer uns exercicinhos só pra não deixar a endocrinologista triste. até passei no curves, marquei avaliação e prometo começar em duas semanas, no máximo. e, é claro, como incentivo (emagrecer do nada não é exatamente uma coisa fácil, simples e prazeirosa), eu ganhei um remedinho que potencializa tudo o que eu já venho fazendo. e isso é legal porque eu, esse ser imediatista, vou ver resultados mais rapidamente e, com isso, me empolgar mais com a rotina de uma pessoa que quer ser feliz consigo mesma.
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é claro que nem tudo é uma maravilha, por mais que tenha soado até então... o álcool foi cortado. meudeus! mas, também, quando a gente tá caminhando bem, pra porta da felicidade e da realização, isso vira item supérfulo. e é por isso que eu não fiquei tão azeda assim: porque eu tenho um objetivo maior que não precisa do consolo e da desinibição que o álcool vinha me trazendo. afinal, eu andei bebendo à torto e à direito pra não ter que enxergar o meu problema. e agora que enxerguei e vi uma solução menos dolorosa do que a que eu esperava, álcool pra quê?
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a hora é de botar em prática, mas eu gostei muito da idéia e vocês sabem como são taurinas, né? teimosas, determinadas. e com incentivos então, beleza. eu sei que eu vou chegar lá!
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ouvindo: a montanha - engenheiros do hawaii.