sábado, 11 de agosto de 2007

raivinhas.

eu acho que uma das coisas mais desagradáveis dessa vidinha mais ou menos é ter raiva de uma pessoa. ter raivinha boba, infantil. ter raivinha porque aquela pessoa não foi pra você o que você esperava dela. lembrar dela com raivinha infantilóide e esquecer as coisas boas que fizeram você se importar com ela por algum motivo no passado. é muito, muito chato e eu, definitivamente, me irrito comigo mesma nessa questão.
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assumo sim, tenho raivinha infantilóide bobóide dele. tenho essa raivinha besta que é uma pontadinha que dá lá no fundo do coração quando eu o vejo on, quando eu o vejo no orkut, quando eu ouço "a thousand miles", quando eu vejo fotos dele em outros fotologs e até quando, raramente, sobe uma janelinha dele no meu msn. sabe "ficar possesso"? eu fico. querendo arrancar os cabelos, querendo roer todas as unhas, querendo esmurrar as coisas na minha frente. eita raivinha braba, sô! eu fico invocadinha sim.
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mas acho que essa "invocação" toda é mais comigo mesma. é de pensar que tem alguma coisa errada em mim que fez com que ele usasse o "somente bons amigos" tão cortante, tão indigesto, tão dolorido. a raivinha é de mim mesma por não ter 1,75 e 45 quilos, seios enormes, perninhas esguias e cintura fina. a raivinha é de mim mesma por não ser a garota que passa e arranca suspiros de todos os meninos pelo seu caminho.
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mas é claro que eu desconto nele. claro que eu tenho raivinha, uma pontadinha de asco, um despeito enorme por ele não ser chegado nas "robustas" e, no entanto, eu ser (muito) chegada nele. então fica aquele sentimento ruim que, a longo prazo, tende a deixar a pessoa mais amarga, mais insegura, mais triste.
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se o primeiro passo é admitir, eu admito! mas, e depois disso? a gente faz o que mesmo?
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agora, só citando aquele grande filósofo dos nossos dias, sr. julian fernando casablancas: nooo! why? por quêêê?
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ouvindo: i wonder - gotthard.