"acredite-se, ana."
os sonhos todos se vão. quando eu dormir, agora, eu não vou mais ouvir o anjo mais velho cantando pertinho do meu ouvido. quando eu acordar, eu não vou mais sorrir cantarolando uma de suas canções. do alto da pedra mais alta, o anjo lança seus gracejos a muitas outras anas, bonecas de pano, meninas do balaio. mas acima desse anjo há o criador. o abaçaiado "fazedor" de poemas que me levou até esse anjo uma vez. é dele que vem os mais sábios conselhos que carrego em mim agora. palhaço pintado de piadas que pena quando o pano cai... ai, ai. eu vou me acreditar, então. e quem sabe assim, um outro anjo, mais velho ou não, também passa a acreditar em mim.
ouvindo: não há de ser nada - o teatro mágico.

