lendo rubem, parte I.
acordou de súbito. percebeu então que havia fechado os olhos e embrenhado-se em um sono leve por sobre o livro que lia. procurou um relógio. dezoito horas. apesar disso, o sol insistia em atravessar o vidro da janela. horário de verão. levantou-se da cama e percebeu o corpo banhado em suor. pensou em tomar uma ducha gelada. pisou cuidadosamente, pé ante pé, na cerâmica do chão da casa. não sabia exatamente porque assim agia, no entanto, parecia-lhe vital. a casa estava silenciosa, sem indícios de que qualquer alma, agora, ali estivesse guardando-a. pisava com leveza para não despertar totalmente do sonho que ainda a envolvia. nele o aroma do amor ainda era fresco. já aqui, entre os viventes dessa cidade, o ar era pesado e abafado. voltaria a dormir depois do banho.
ouvindo: don't wait - dashboard confessional.
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