entre o real e o abstrato, entre a loucura e a lucidez.
óquei, vamos traçar aqui uma divisória imaginária.
gosto de ler as coisas por aí, afinal, se está na internet é porque o autor quer mesmo que essas coisas sejam lidas. nessa manhã tediosa de sábado - na qual eu deveria estar na praia, mas não estou porque pedro resolveu ficar doente e me puseram de babá/enfermeira - estava passeando pelas atualizações dos fotologs. ah, sim, eu adoro fotologs. vários não têm o menor conteúdo. porém, alguns realmente acrescentam coisas. e nesse passeio internérdico, eis que esbarro com um post exaltadíssimo sobre o senhor fernando anitelli. segredo nenhum, meus leitores (quase) fantasmas, que existe uma certa admiração forte da minha parte pelo moçoilo. tem quem diga até que é um certo xiistismo, o que eu acredito ser um neologismo.
é aqui exatamente que entra esse risco que separa fernando anitelli e suas declarações sobre cultura independente, brasil, política, economia, críticas ao TM e etc e fernando anitelli e tudo o que me faz sonhar e admirar esse personagem. vamos admitir, crianças, que o meu fernando anitelli é aquele palhaço pintado que me diz aquelas coisas bonitas e que me arranca lágrimas, suspiros, sorrisos. o meu fernando anitelli, querido e admirado, não é o cara que diz que a tv brasileira é um lixo, que o teatro mágico veio pra fazer música e não dinheiro, que o brasil tá errado por isso e por aquilo. não quer dizer que eu discorde de várias das coisas que ele diz. tem muita coisa ruim na tv sim, muita. tem muita coisa errada no brasil sim, muita. e a cultura independente é importante sim, mas ele não vive de ar e nem eu.
o que não me agrada é essa "bateção" na mesma tecla. "o brasil mimimimi", "a cultura independente mimimimimi", "o governo mimimimi". de repente o cara ganha toda uma aura de demagogo. de repente aquele sonho de anjo mais velho passa a ser um cara que fala o que fala escondendo o rosto. e, cá entre nós, isso é chato.
o meu fernando anitelli é o poeta, o menino do balaio, o sonho de uma flauta, é aquele que na verdade não sabe quem ele é... e é assim que eu admiro ele, lá em cima da pedra mais alta, me fazendo acreditar que toda ana encontra o mar algum dia. coisas simples, simples que não requerem essa "estufação de peito" toda aí, essa pose. porque, que me perdoem os admiradores-xiitas fãs dos discursos, isso pra mim é pose.
é claro que o fernando anitelli de carne e osso tem todo o direito de ter as suas opiniões, como eu tenho as minhas. no entanto, eu me pouparia daqueles discursos inflamados nos shows atiçando a molecada a ser contra isso ou contra aquilo. a moleca só quer pular, pintar a cara, sorrir... e eu acho que todos esses encontros raros deveriam ser assim. sem esse blá blá blá, sem esse empurra-empurra, sem essa insistência em catequizar o público.
o meu fernando anitelli não é o fernando anitelli pessoa, é o fernando anitelli sonho.
tá aí um discurso do fernando em show que cai bem! sem os bla bla blas e os mimimis catequizantes e, na minha opinião, um tanto quando desnecessários...
(...)
pra quem nunca esteve no teatro mágico, esse é o momento onde a gente vai falar daquilo que é óbvio, daquela poesia que passa por nós despercebida no nosso teatro mágico de todo dia.
é incrível o quanto cada um ainda não se dá conta da sua própria raridade, o espetáculo que é ser um em um milhão, ser um milhão em um. ninguém, às vezes, lembra que só você pra sentir o medo e a coragem do jeito que você sente. só você.
automaticamente, já estamos em extinção. e a gente tem que honrar isso em cada gesto nosso. é a partir daqui o nosso diálogo!
ontem... acabou, passou, já foi. o milésimo gol não veio! amanhã nem começou ainda! ora! a gente só tem agora pra ser e estar, a gente só tem agora pra olhar no olho, pra criticar, a gente só tem agora pra se declarar.
com vocês... vocês!
ouvindo: o anjo mais velho - o teatro mágico.
gosto de ler as coisas por aí, afinal, se está na internet é porque o autor quer mesmo que essas coisas sejam lidas. nessa manhã tediosa de sábado - na qual eu deveria estar na praia, mas não estou porque pedro resolveu ficar doente e me puseram de babá/enfermeira - estava passeando pelas atualizações dos fotologs. ah, sim, eu adoro fotologs. vários não têm o menor conteúdo. porém, alguns realmente acrescentam coisas. e nesse passeio internérdico, eis que esbarro com um post exaltadíssimo sobre o senhor fernando anitelli. segredo nenhum, meus leitores (quase) fantasmas, que existe uma certa admiração forte da minha parte pelo moçoilo. tem quem diga até que é um certo xiistismo, o que eu acredito ser um neologismo.
é aqui exatamente que entra esse risco que separa fernando anitelli e suas declarações sobre cultura independente, brasil, política, economia, críticas ao TM e etc e fernando anitelli e tudo o que me faz sonhar e admirar esse personagem. vamos admitir, crianças, que o meu fernando anitelli é aquele palhaço pintado que me diz aquelas coisas bonitas e que me arranca lágrimas, suspiros, sorrisos. o meu fernando anitelli, querido e admirado, não é o cara que diz que a tv brasileira é um lixo, que o teatro mágico veio pra fazer música e não dinheiro, que o brasil tá errado por isso e por aquilo. não quer dizer que eu discorde de várias das coisas que ele diz. tem muita coisa ruim na tv sim, muita. tem muita coisa errada no brasil sim, muita. e a cultura independente é importante sim, mas ele não vive de ar e nem eu.
o que não me agrada é essa "bateção" na mesma tecla. "o brasil mimimimi", "a cultura independente mimimimimi", "o governo mimimimi". de repente o cara ganha toda uma aura de demagogo. de repente aquele sonho de anjo mais velho passa a ser um cara que fala o que fala escondendo o rosto. e, cá entre nós, isso é chato.
o meu fernando anitelli é o poeta, o menino do balaio, o sonho de uma flauta, é aquele que na verdade não sabe quem ele é... e é assim que eu admiro ele, lá em cima da pedra mais alta, me fazendo acreditar que toda ana encontra o mar algum dia. coisas simples, simples que não requerem essa "estufação de peito" toda aí, essa pose. porque, que me perdoem os admiradores-xiitas fãs dos discursos, isso pra mim é pose.
é claro que o fernando anitelli de carne e osso tem todo o direito de ter as suas opiniões, como eu tenho as minhas. no entanto, eu me pouparia daqueles discursos inflamados nos shows atiçando a molecada a ser contra isso ou contra aquilo. a moleca só quer pular, pintar a cara, sorrir... e eu acho que todos esses encontros raros deveriam ser assim. sem esse blá blá blá, sem esse empurra-empurra, sem essa insistência em catequizar o público.
o meu fernando anitelli não é o fernando anitelli pessoa, é o fernando anitelli sonho.
tá aí um discurso do fernando em show que cai bem! sem os bla bla blas e os mimimis catequizantes e, na minha opinião, um tanto quando desnecessários...
(...)
pra quem nunca esteve no teatro mágico, esse é o momento onde a gente vai falar daquilo que é óbvio, daquela poesia que passa por nós despercebida no nosso teatro mágico de todo dia.
é incrível o quanto cada um ainda não se dá conta da sua própria raridade, o espetáculo que é ser um em um milhão, ser um milhão em um. ninguém, às vezes, lembra que só você pra sentir o medo e a coragem do jeito que você sente. só você.
automaticamente, já estamos em extinção. e a gente tem que honrar isso em cada gesto nosso. é a partir daqui o nosso diálogo!
ontem... acabou, passou, já foi. o milésimo gol não veio! amanhã nem começou ainda! ora! a gente só tem agora pra ser e estar, a gente só tem agora pra olhar no olho, pra criticar, a gente só tem agora pra se declarar.
com vocês... vocês!
ouvindo: o anjo mais velho - o teatro mágico.