terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

é preciso coragem.

antes, tendo à imperfeição que a qualquer outro estado. costumo dizer - e, penso, sabiamente - que sou composta por diversos pequenos defeitos. o que, em via de regra, me tornaria um grande defeito ambulante. ainda bem que isso de defeito é relativo: o que é para um, não é para o outro. porém, das minhas muitas pequenas falhas, duas são evidentes demais nos últimos tempos: penso demais e crio confusões.

penso demais nos outros, no que posso causar se me movo um centímetro a mais para a esquerda, em como afeto tudo que está ao meu redor com decisões que, em tese, seriam só minhas. logo, o pensamento primordial, o em 'si próprio', é posto de lado. e isso soa bonito, mas certamente não deve ser lá muito saudável.

como conseqüência dessa 'overdose' de pensamento, me vejo perdida e confusa. queria eu jamais ter que fazer escolhas, me ver entre a cruz e a espada sabendo que, não importa o que eu faça, alguém vai se descontentar. vai ver é por isso que manifesto essa vontade de trabalhar com assessoria de imprensa, por exemplo, e testar meu 'jogo de cintura' nessas situações! mas, acreditem, não tem nada pior que pensar e repensar mil vezes o que fazer, sempre colocando na balança que tudo é risco, seja de dar errado, seja de arrependimento futuro...

tudo isso culmina em medo. medo de fazer a coisa errada, medo de não fazer a coisa dar certo, medo de olhar para trás e se arrepender de ter desviado do caminho porque não me arrisquei, medo de arriscar os outros junto comigo.

é, eu preciso ser mais forte. como quando eu tinha quatro anos e muito mais certeza da vida do que hoje, aos vinte e dois.



ouvindo: todos estão surdos - roberto carlos.