sans bruit.
às vezes eu tenho vontade de gritar mesmo, tenho vontade de dizer algumas coisas que ficaram pra sempre presas em mim... "você nunca gostou de mim como eu de você, você nunca vai gostar, você não teve por mim a consideração que eu tenho ainda por você, eu sou mesmo idiota de ainda ter carinho e respeito por você depois das coisas que eu senti e sofri."
eu fico pensando que isso, talvez, aliviasse o peso de ter que viver com frustrações e medos adquiridos desse tempo. no entanto, se eu gritar esse tipo de coisa, o estrago vai se duplicar. além de remexer na ferida antiga - que parece estar cicatrizada 90% do tempo -, ainda existe A PESSOA que me ama, que me respeita, que tem por mim a consideração que eu acredito sempre ter merecido.
e mais por ele, que eu amo já sem tamanho, do que por mim, eu prefiro ficar calada e tentar conviver o melhor possível com as lembranças doloridas das coisas que eu vivi. e que só eu sei como eu vivi isso dentro de mim. e que só eu sei como doeu, como me deu medo, como mudou completamente a pessoa que eu sou e as coisas nas quais eu acredito hoje em dia.
não vou gritar. no silêncio as coisas ficam esquecidas por mais tempo.
ouvindo: sans bruit - patrick fiori.
"sans bruit il la trompera
sans bruit, puis il rentrera
lui dire: y’ a que toi que j’aime
la vie peut devenir chienne
et c’est sans bruit
que les larmes viennent..."
**
(sem barulho ele a trairá
sem barulho ele voltará
ela lhe dirá: não há ninguém
além de você que eu ame
a vida pode ser cretina
e é sem barulho
que as lágrimas vem...)
e pára o meu francês calhorda. ui.
eu fico pensando que isso, talvez, aliviasse o peso de ter que viver com frustrações e medos adquiridos desse tempo. no entanto, se eu gritar esse tipo de coisa, o estrago vai se duplicar. além de remexer na ferida antiga - que parece estar cicatrizada 90% do tempo -, ainda existe A PESSOA que me ama, que me respeita, que tem por mim a consideração que eu acredito sempre ter merecido.
e mais por ele, que eu amo já sem tamanho, do que por mim, eu prefiro ficar calada e tentar conviver o melhor possível com as lembranças doloridas das coisas que eu vivi. e que só eu sei como eu vivi isso dentro de mim. e que só eu sei como doeu, como me deu medo, como mudou completamente a pessoa que eu sou e as coisas nas quais eu acredito hoje em dia.
não vou gritar. no silêncio as coisas ficam esquecidas por mais tempo.
ouvindo: sans bruit - patrick fiori.
"sans bruit il la trompera
sans bruit, puis il rentrera
lui dire: y’ a que toi que j’aime
la vie peut devenir chienne
et c’est sans bruit
que les larmes viennent..."
**
(sem barulho ele a trairá
sem barulho ele voltará
ela lhe dirá: não há ninguém
além de você que eu ame
a vida pode ser cretina
e é sem barulho
que as lágrimas vem...)
e pára o meu francês calhorda. ui.