a dor que durou duzentos dias.
de repente a estrada a frente ficou estreita. os laços se alargaram. as mãos distenderam. o sol ia se pondo atrás das montanhas. e, com ele, se punha um sonho recém-nascido. acalentei em minhas noites a esperança. nutri-a. mas apesar de todo o cuidado, se esvaiu. não sei se por culpa minha, super proteção. se por descuido do outro, se por exposição. só sei que a luz do fim do túnel se apagou. e agora há novas rotas a serem seguidas. assim que os pés puderem novamente caminhar. é como reaprender a andar, acredite se quiser. estou de joelhos, o chão é de terra, as mãos estão fracas e não consigo me levantar.
.
.
.
♪ ilusão - exilados no caos