wake me up when september ends.
apesar das pontadas de lembrança, os dias têm sido iguais. eu acordo, eu estudo, eu passo horas dentro de infinitos ônibus que surgem e desaparecem nos horizontes de infinitas estradas, ruas, avenindas, travessas, vielas. eu tomo café, eu masco chiclete de canela, inalo fumaça de cigarro dos amigos. eu ando pelas ruas até meio distraída. na minha cabeça sempre a mesma canção. martelando 'let me go, let me go'. vivendo um dia após o outro, tentando me desvencilhar tão fortemente da esperança. sem perceber eu procuro o anel no dedo e não encontro. já consigo me controlar e não chorar por isso. parece que, um dia, essas coisas todas vão me dar a sensação de normalidade. não a tenho, apesar de fazer todas as coisas cotidianas. mas um dia ela vai vir sim. e o sol vai cobrir a marca que o anel deixou no dedo. o meu estômago vai continuar reclamando do café e do chiclete. e eu vou morrer mais cedo de inalar fumaça de cigarro. que não é do seu. mas é fumaça do mesmo jeito.
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perdão, eu sinto saudade.
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♪ concieving you - riverside