sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

é sem teu corpo que minh'alma fica mingua.

O enigma: ele é muitos.
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Há momentos em que seres invadem teu coração,
Tu te perguntas quem são estas criaturas,
Te indagas de A a Z o que eles sentem,
O que eles te trazem para trocar emoção,
Ou para te fazer aprender o quanto mentem,
Ou para ti ou para si mesmos, nas fissuras,
Nos apertos, nos limites de cada indagação...
Há momentos sutis que unem e que separam
Mas que te fazem crer na certeza das posturas
De seres inteira, amiga, compreensiva e doce...
Te cutucam os enigmas destes meninões
E tu te surpreendes mais próxima que fosse,
Que poderias ser muito mais que sermões,
Poderias ser o abraço infinito, o alcance,
E te expões em dádivas, compreensões,
E te ofereces em preces, em cada lance...
Porque há homens que se reúnem num só deles,
E se emaranham em buscas intensas, em jogos...
Te levam aos mais incríveis lugares, afagos,
Te fazem viver verdadeira queima de fogos...
Quando, nestes momentos, descobres os magos,
Os bruxos, os feiticeiros, os inteligentes,
Te rendes aos seus jeitos, trejeitos, artifícios...
E te defendes, atacando, por seres frágil,
Embora resolvida, embora amante, embora ágil...
Há momentos que só queres que eles te abracem
E de ti persigam o calor que do teu corpo emana...
E que concluam o quanto o queres todos,
Dentro de ti, pra sempre, como se te amassem...
Eles se reúnem, e se mostram num ser sozinho,
Um Homem único integrando tantos, um ser perfeito,
Para que tu o respeite, o realize, o acalme...
Há momentos em que preciso garra e força,
É preciso estares atenta e te tomares jeito
De aceitar que te comande este Homenzinho...
Que parece pequeno quando tu o acolhes no peito...
Mas, em contrapartida, Ele te torna densa,
Te torna tensa, te desafia, te mostra um caminho
De amar sem freios, de perdoar seu defeito...
O maior deles, o medo da entrega total,
O mesmo medo que precisas demonstrar para Ele...
Enigma, devora-me,
Homem do meu carinho,
Devora-me nesta noite, estou prudente
Há momentos em que as palavras nada valem,
Porque é preciso tocar com mãos e bocas,
É necessário doar-se em corpos colados,
É urgente superar a saudade dele,
É premente demonstrar sua importância
Na tua vida, no teu destino, na tua distância...
Há momentos que te fazem suspeitar da ânsia,
Da angústia de não ter dele a voz e o laço
Do corpo amado, do sexo delicioso, um maço
De pequenos gestos somados que te embalem,
Para que teus gritos de gozo nunca se calem...
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esse é da minha tia poetisa. tirei lá do blog dela.
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ouvindo: sexo - oswaldo montenegro.