que amava toda a quadrilha.
quando releio o que já escrevi, percebo: a grande sacada da maioria das coisas é aquela dose de amor platônico, cortêz, incapaz de se concretizar. a partir do momento que as coisas parecem reais e palpáveis, distantes das letras, da tinta e do papel, é como se nada mais fizesse sentido.
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a verdade é que, talvez, eu não queira acertar os ponteiros do relógio com o esporádico menino de moptop londrino. assim como, talvez, não me interesse mesmo viajar no tempo buscando um olhar perdido sequer do vizinho príncipe desencantado do terninho da at&t. encontro-me mais nas saudades e nos lamentos do que tivemos, eu e sempre livre espírito que por mim passou, do que fui capaz de me encontrar entre seus braços.
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acho engraçado.
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eu, que sempre quis a coisa toda certa, hoje gosto de viver de um espaço lotado de fantasias empilhadas. gosto do gosto do "será?" e dos sonhos doces (sonho doce, me leva a cantar... pra você... lembra dessa?) protagonizados por vocês, eternos amores.
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vai ver é amor demais. incapaz de amar uma pessoa só. quem sabe? ou talvez não seja nada. só fase. que vai se desfazer que nem a fumaça dos cigarros de vocês.
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carlos amava dora que amava lia que amava léa que amava paulo que amava juca que amava dora que amava carlos que amava dora que amava rita que amava dito que amava rita que amava dito que amava rita que amava carlos amava dora que amava pedro que amava tanto que amava a filha que amava carlos que amava dora que amava toda a quadrilha.
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