quarta-feira, 20 de junho de 2007

stroke-d.

vendo a nova paixonite aguda de minha amiga ray, os rapazes da banda strokes, me recordo de 2005 quando a febre desses cabeludinhos bagunçados tomou o rio de janeiro para o tim festival. lembro que, logo depois do show, eu fiquei super entusiasta da banda. eu baixei todas as músicas, eu aprendi a cantar pelo menos noventa por cento delas e, certamente, teria ido ao tim festival se conhecesse melhor e tivesse companhia - dois fatores bem importantes pra se ver um show, né? ainda mais um festival caro pra dedéu!
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dando conta disso e somado ao fato de existirem das mais doidas comunidades orkutianas sobre esses caras (como exemplo "depressão pós-vinda dos strokes", "eu dava pro julian casablancas", "empadinhas moretti", "albert: bêbado desde pequeno", etc) e, em sua maioria, povoadas de mulheres (e adolescentes loucas), chego até a pensar que todas nós, moças de bem ou de mal, temos uma "fase strokes" nessa vida. afinal, como resistir ao charme do ar de bebum cheio de fumaça circundando e cabelo de antiontem com estilão "sou um rockstar, babe" desses caras, hein? meu lado groupie até começa a saltitar dentro do peito (todas as mulheres têm um, ACREDITE).
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e é nesse ponto que eu me pergunto, após ter passado por esse momento obsessivo e vendo a minha amiga com sintomas muito parecidos: será que a gente gosta de strokes porque eles são ricos, bonitos e famosos ou porque eles realmente são bons músicos?
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eu admito que, primeiramente, eu fiquei vidradinha no jeitão do julian casablancas. aquela coisa meio torta, meio bêbada, meio "sou filho de pai rico sim, e daí?" é bem rock and roll. acho que foi o primeiro atrativo pra que eu conferisse isso que as pessoas andavam dizendo que era a revolução do rock. é claro que a minha inclinação pra curtir bandinhas parecidas ajudou a achar, realmente, que eles eram "aquilo" (ou tinham "aquilo", sei lá qual é a expressão equivalente em português!).
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a graciosidade do julian, toda a pose do nick valensi e o charme brasileiríssimo do fabrizio moretti (e quaisquer que sejam os dotes dos dois outros carinhas cujo nomes me falham agora, e sempre) são o que captura nossos corações primeiro, antes sequer de "last nite" - que, aliás, tem uma versão na voz do rodrigo amarante (los hermanos) - ou qualquer outro hit.
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mas não vamos dizer que eles são ruins, né? longe disso. as músicas são bacanas. não acho que sejam revolucionárias ou "a nova cara do rock", mas são boas sim. eu mesma posso escutar os três álbums por dias seguidos e não enjoar. é leve, é divertido, dá vontade de cantar junto imitando a voz de quem passou três dias seguidos no bar do jules, né?
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mas mais divertido é fechar os olhos e imaginar a banda de frente pra você (ou ver os vídeos no youtube ou, ainda, se você for muito afortunada, ver ao vivaço). inegavelmente fofos e bem sucedidos. que mulher não quer?
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ouvindo: 15 minutes - the strokes.