simples (pt I)
mal nos conhecíamos, os dois ali naquele lugar cuja aura era fumaça pura, e ele disse:
.
- maconha? tem maconha?
.
a princípio, um ultraje. eu? maconha? duas palavras que não caberiam na mesma frase, a menos que fosse uma negação. sou careta. não fumo e bebo esporadicamente. não tenho vícios maiores que escrever e chocolate. então, rebati com ar de quem ofendeu-se:
.
- eu não fumo!
.
vendo minha leve alteração, as bochechas coradas em uma leve raiva, retratou-se:
.
- perdão! é que é comum... onde moro. - num inglês torto e terrivelmente sem-graça. sorri. levei as mãos a seu rosto e disse:
.
- esqueci-me desse detalhe.
.
ele sorriu de volta e nos abraçamos. e, por alguns momentos, senti-me alheia ao resto da fumaça, do barulho e das luzes piscantes daquele lugar. mal nos conhecíamos e, talvez, isso nos fizesse mais dispostos aos momentos simples de descobertas que os outros.
.
.
.
ouvindo: always somewhere - scorpions.
.
- maconha? tem maconha?
.
a princípio, um ultraje. eu? maconha? duas palavras que não caberiam na mesma frase, a menos que fosse uma negação. sou careta. não fumo e bebo esporadicamente. não tenho vícios maiores que escrever e chocolate. então, rebati com ar de quem ofendeu-se:
.
- eu não fumo!
.
vendo minha leve alteração, as bochechas coradas em uma leve raiva, retratou-se:
.
- perdão! é que é comum... onde moro. - num inglês torto e terrivelmente sem-graça. sorri. levei as mãos a seu rosto e disse:
.
- esqueci-me desse detalhe.
.
ele sorriu de volta e nos abraçamos. e, por alguns momentos, senti-me alheia ao resto da fumaça, do barulho e das luzes piscantes daquele lugar. mal nos conhecíamos e, talvez, isso nos fizesse mais dispostos aos momentos simples de descobertas que os outros.
.
.
.
ouvindo: always somewhere - scorpions.
