terça-feira, 11 de setembro de 2007

datas e nomes.


e, de repente, a gente quer chorar. não é fazer manha, é chorar. é chorar copiosamente mesmo que o motivo seja inalcançável pra quem vê. a gente quer colo. mas um colo silencioso. o carinho de um beijo na testa, sem "faça isso", sem "seja aquilo", sem "isso passa" e sem "eu avisei". de repente, a gente só quer um pouquinho do apoio calado do ombro amigo que não precisa entender o que se passa. a gente nem mesmo sabe explicar. a melhor canção, nessa hora, é a que não tem nenhum som. e cujos acordes são mãos quentes que seguram a gente, acalentando num abraço. sem datas. sem nomes.
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é, eu estou sentimental hoje.
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ouvindo: datas e nomes - engenheiros do hawaii.
(na foto: humberto e clara, rio de janeiro/92.)