what comes around goes around...
a gente sofre. a gente chora. a gente acha que a vida tá por um fio e que amanhã, quando acordar, só vai existir um grande vazio no peito angustiando a gente a cada momento que passar. a gente pára de comer. a gente vai parar no hospital. a gente não consegue mais ouvir as músicas que ouvia, ler os livros que lia ou ver os filmes e seriados que a gente via. a gente faz do travesseiro o melhor amigo e esquece dos amigos de carne e osso porque a gente simplesmente desaprende a falar e ouvir. e a gente faz isso tudo na esperança de que o tempo venha e passe por cima da gente amenizando todas essas coisas. e o tempo vem mesmo. e ele passa por cima mesmo. e, normalmente, ele ameniza mesmo toda dor que a gente sente, ou melhor, que a gente acha que sente ou faz-se sentir. o erro é achar que uma vez que o tempo passa, essas coisas todas são automaticamente deletadas. o erro é acreditar ou, ao menos, querer acreditar que a gente se torna imune às lembranças, que a gente não sente falta ou não se sente tocado quando algo vem à tona. e quando a gente é tão certo de si que acredita nessa deleção de sentimentos piamente é quando a gente mais se ferra, é quando o que tinha ficado no passado se destranca e vem fazer festa no presente. e a gente se perde. a gente sofre. a gente chora. a gente faz tudo de novo, achando que o mundo vai acabar amanhã e que o vazio vai tomar conta do nosso peito.
tudo que eu preciso agora é de um amigo. de um ombro pra eu poder chorar, pra eu poder sofrer, pra eu poder lamentar a minha fraqueza sem recriminação, sem lição de moral. um cafuné, um sorriso, um abraço... só pra eu ver que eu não tô sozinha comigo mesma e com os meus sentimentos bobos... e, pra isso, eu preciso dar uma chance aos meus amigos. porque, no momento, os meus "apoios" são um mp3 player cheio de canções torturantes e o travesseiro onde eu escondo o rosto vermelho de tanto chorar.
what comes around
goes around, goes around
and comes back round
ouvindo: ashes - pain of salvation.
tudo que eu preciso agora é de um amigo. de um ombro pra eu poder chorar, pra eu poder sofrer, pra eu poder lamentar a minha fraqueza sem recriminação, sem lição de moral. um cafuné, um sorriso, um abraço... só pra eu ver que eu não tô sozinha comigo mesma e com os meus sentimentos bobos... e, pra isso, eu preciso dar uma chance aos meus amigos. porque, no momento, os meus "apoios" são um mp3 player cheio de canções torturantes e o travesseiro onde eu escondo o rosto vermelho de tanto chorar.
what comes around
goes around, goes around
and comes back round
ouvindo: ashes - pain of salvation.