no maior ponto do mapa.
todas as outras bocas são ocas
nos vazios dos sentidos passados
e as línguas são ínguas
pungendo um gosto amargo
entãos os teus lábios tocaram
o céu da boca seca enfeitaram
a tua língua corrediça
os nossos dentes trincados
vida
como se nascesse sem querer
de mim escapasse cada momento
uma luz, uma cor, uma sensação
o novo, o gesto, o rosto, o credo
nos arcos, os faróis refletindo
as nossas mãos entrelaçadas.
~
ardamos
nas luzes dos arcos
as mãos em desencontro
e encontros descompassados
a música suja da noite
fazendo morada na gente
eu, você e a lapa
ardamos
antes que seja dia
antes que seja tarde
antes que tarde o momento
da nossa fragilidade
vibrando coesos
quebrando concisos
ardamos
em dó, em fá maior
nas cordas de um violão
em prantos e em prazeres
perdidos na contra-mão
de porre, com pressa, sorvidos
a lapa, você e eu
ardamos.
_
a pedidos do verdinho, os "poemas". estão longe de serem bons, parecem até meio rabiscados em guardanapo de boteco. mas são tentativas. é difícil trabalhar em cima dos bons momentos porque, de alguma maneira bizarra, a angústia soa melhor e mais honesta. no entanto, hoje tudo são flores. ou melhor, luzes da lapa.
ouvindo: dois barcos - los hermanos.
nos vazios dos sentidos passados
e as línguas são ínguas
pungendo um gosto amargo
entãos os teus lábios tocaram
o céu da boca seca enfeitaram
a tua língua corrediça
os nossos dentes trincados
vida
como se nascesse sem querer
de mim escapasse cada momento
uma luz, uma cor, uma sensação
o novo, o gesto, o rosto, o credo
nos arcos, os faróis refletindo
as nossas mãos entrelaçadas.
~
ardamos
nas luzes dos arcos
as mãos em desencontro
e encontros descompassados
a música suja da noite
fazendo morada na gente
eu, você e a lapa
ardamos
antes que seja dia
antes que seja tarde
antes que tarde o momento
da nossa fragilidade
vibrando coesos
quebrando concisos
ardamos
em dó, em fá maior
nas cordas de um violão
em prantos e em prazeres
perdidos na contra-mão
de porre, com pressa, sorvidos
a lapa, você e eu
ardamos.
_
a pedidos do verdinho, os "poemas". estão longe de serem bons, parecem até meio rabiscados em guardanapo de boteco. mas são tentativas. é difícil trabalhar em cima dos bons momentos porque, de alguma maneira bizarra, a angústia soa melhor e mais honesta. no entanto, hoje tudo são flores. ou melhor, luzes da lapa.
ouvindo: dois barcos - los hermanos.