sábado, 16 de fevereiro de 2008

um outro ciclo da espiral.

~ diz:
há algo em ana.

ana diz:
como assim?

~ diz:
há algo na mulher chamada ana.
há algo em ana que não me deixa ser indiferente.

ana diz:
você é indiferente a mulheres?

~ diz:
sim, às vezes.

ana diz:
como é possível?

~ diz:
sou indiferente aos seres humanos.

ana diz:
mas não a anas.

~ diz:
pois é.
anas são anas.

ana diz:
impressionante.
você me surpreende todos os dias.

~ diz:
eu sei.

ana diz:
de maneiras consideravelmente assustadoras.

~ diz:
eu sou assim.
algumas pessoas conseguem conviver.

ana diz:
não é fácil ser indiferente a você.

~ diz:
não é.
geralmente não gostam de mim.

ana diz:
não vou dizer que não compreendo tais pessoas.

~ diz:
não são anas.

ana diz:
até anas têm seu limite de paciência.

~ diz:
sim.
e não estou tentando testá-lo.


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"eu não volto mais. comecei um outro ciclo da espiral. não é familiar, não é 'feeling the same way all over again'. é uma porrada. paudurescência com mínimos detalhes. é um anti-suicídio. kamikazear pra vida.

dois poços de redenção, as covinhas acima daquela bunda."


processo cruzado
klaus maia





ouvindo: i do - placebo.