um outro ciclo da espiral.
~ diz:
há algo em ana.
ana diz:
como assim?
~ diz:
há algo na mulher chamada ana.
há algo em ana que não me deixa ser indiferente.
ana diz:
você é indiferente a mulheres?
~ diz:
sim, às vezes.
ana diz:
como é possível?
~ diz:
sou indiferente aos seres humanos.
ana diz:
mas não a anas.
~ diz:
pois é.
anas são anas.
ana diz:
impressionante.
você me surpreende todos os dias.
~ diz:
eu sei.
ana diz:
de maneiras consideravelmente assustadoras.
~ diz:
eu sou assim.
algumas pessoas conseguem conviver.
ana diz:
não é fácil ser indiferente a você.
~ diz:
não é.
geralmente não gostam de mim.
ana diz:
não vou dizer que não compreendo tais pessoas.
~ diz:
não são anas.
ana diz:
até anas têm seu limite de paciência.
~ diz:
sim.
e não estou tentando testá-lo.
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dois poços de redenção, as covinhas acima daquela bunda."
processo cruzado
klaus maia
ouvindo: i do - placebo.
