quinta-feira, 29 de maio de 2008

desconexos.

há quem respire por si próprio e há quem tenha desaprendido. há quem recentemente tenha aprendido a caminhar de mãos dadas. há quem nunca teve o prazer da companhia do outro correspondendo exatamente ao que deveria. há quem julgue-se independente e há quem dependa até da lembrança. há quem não saiba, há quem tudo sabe, há quem finja que sabe. há quem veja uma nova esperança depois de ter tido parte de si amputada. há quem entenda, pela primeira vez, a veracidade do "eu te amo". há quem tenha problemas conciliando o si mesmo com o outro. há quem acredite no estado separatista de duas almas. há quem, como eu, não. há quem viva só desprezando o dito "é impossível ser feliz sozinho". há quem seja incapaz, notadamente. há quem precise, há quem finja que não.

porém, no fundo, todos nós somos essa massa sentimental. e todos nos confundimos formando um grande bolo de emoções, razões, medos. no fim das contas, todos sentimos as mesmas coisas, ainda que escolhamos encará-las de formas diferentes.

todos dependemos de todos, quer queiramos ou nãos. nós somos um só, um grande corpo que interpreta os mesmíssimos sinais de maneiras distintas. mas, ainda assim, um corpo só atingido pelas mesmas pedras emocionais que nos são arremessadas.

e há quem diga que não. mas, na verdade, só estão se enganando.




ouvindo: bleeding love - leona lewis.