sexta-feira, 16 de maio de 2008

pensamentos aleatórios sobre "eu te amo".

com essa coisa de viagem pra cuiabá (oh, maldição dos deuses) eu não durmo direito... nem penso direito. e nem faço nada direito! ontem, por exemplo, na aula de step eu quase zuni a meleca do step longe... porque eu não conseguia me concentrar e fazer as coisas direito. e hoje na aula de telecine I eu fiquei olhando pra um ponto cego na parede até a professora precisar me chamar pra eu "acordar". sim, eu tenho problemas.

a situação é que ontem, ao invés de dormir, eu fiquei pensando coisas aleatórias. na verdade, a mais aleatória da aleatórias... eu fiquei pensando sobre o primeiro "eu te amo" que eu disse pro namorado. sim, porque ele me disse o primeiro logo que ele me pediu em namoro e eu aceitei, algumas semanas depois da minha relutância em aceitar. mas de mim saiu, no máximo, um "eu te adoro".

é aquela coisa, gente, eu fiquei me segurando pra não dizer um "eu te amo" em retribuição. não que esses não se tornem reais algum dia, mas eu sou cheia de frescura e fiquei esperando sair um "eu te amo" natural da minha pessoa. e talvez isso seja frustrante pro outro coitado que fica dizendo "eu te amo" pra você, olhando pra você e confirmando isso em cada momento... e eu na minha eterna preocupação com as coisas sentimentais fiquei me segurando loucamente até o diabo do "momento certo" vir.

e eu acredito que ele nem lembra disso, mas foi o "eu te amo" mais espontâneo que eu poderia ter dito em toda a minha vida. era meu primeiro evento como namorada oficial, né? campo grande, qualquer coisa lá da federação de judô, namorado ***lindo demais*** de kimono... aí ele me olha e diz que precisa ir lutar. nessa hora parece que o coração veio na boca, querendo pular pra fora e tudo. eu beijei ele e, juro, saiu o "eu te amo" mais puro e mais certo que eu já disse pra alguém. sem precisar de um "eu te amo" de estímulo nem nada! e com ele veio a pontada que dá no coração, sabe? aquela que dá a certeza de que a gente ama uma pessoa porque dói e dói com vontade. daquele momento em diante eu não deixei de sentir essa pontada.

com essa viagem (maldição dos deuses, oh) a tal da pontada não me deixa pensar, dormir, fazer as coisas... ela vem, me faz chorar sem eu nem perceber, me faz desconcentrar, malhar mal (e ficar dolorida), dormir pouco... ai, ai. muito difícil isso.

eu nem vou poder mastigar o coração na boca e dizer um "eu te amo" quando ele for entrar em campo. se bem que, confesso, essas coisas de futebol americano não me empolgam muito. eu acho que eu nunca tive o coração na boca em dia de jogo, nunca bateu medinho e nem nunca bateu tesão. acho que isso tem a ver com coisas passadas que, definitivamente, estragaram a "cheerleader" que havia em mim. mas, de qualquer modo, eu nem vou poder desejar que ele machuque pessoas na grama "ao vivo"... grr.

cuiabá bem podia explodir. ou o feriado podia sumir do calendário. ou eu podia ser menos boboca e egoísta, mas é mais provável que as duas opções anteriores aconteçam primeiro. pois é, that's me.



ouvindo: give a little bit - goo goo dolls.