egoísmo.
muitos questionamentos. o mais forte, talvez, é esse que me tira o sono: por que nós somos "capazes" de, em questão de pouco tempo, "excluir" pessoas das nossas vidas? aliás, como somos capazes disso? eu sei que eu sou. e é simples. é só acordar no dia seguinte e não buscar mais notícias, evitar os lugares em comum, evitar os amigos em comum. e aí, depois de um tempo, eu olho pra trás e penso: ok, o que aconteceu com as conversas e as trocas? por que essas coisas se perderam no tempo e no espaço? como? e eu não consigo achar explicação lógica e/ou convincente. por que eu não consigo manter as pessoas na minha vida? por que elas vão embora? por que eu deixo elas irem embora?
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e talvez assim machuque bem mais. porque, quando eu me afasto, é pra doer menos. e, depois de um tempo, dói mais. estranho. irônico. o que os olhos não vêem, o coração não sente. e isso é capenga. porque sente sim. sente toda a incapacidade de manter um vínculo legal. sente todo o egoísmo de não se conseguir querer bem a quem não mais precisa da gente.
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e dá medo.
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ouvindo: bridge across forever - transatlantic.