resposta ao poeta.
a alma dos poetas não descansa. é preciso confiança e fé. apontar e remar, sempre. é preciso avistar paquetá e perceber que a estrada vai além do que se vê. é mister compreender que somos todos pás furadas sem que a poesia faça morada nos corações. somos todos sentimentais, ainda que queiramos esconder, ainda que carreguemos a cruz de achar que sofrer é amar demais. e os poetas amam. nos seus versos tortos, eles falaram da ana muitas vezes. a ana que o levou até a mesa de bar, com um vinho barato e um cigarro no cinzeiro. a ana, que ganhou outro 'n' e devolveu o anel, sabe-se lá porquê. a ana que sorriu com seu sorriso de algodão sem fim. a ana, enfim, que é a alma gêmea verdadeiramente irmã, a ana paula. e nessa um poeta acertou no pulo. deixou a menina de perna bamba, voando por aí num balão. isso é uma loucura! e a ana paula gostou demais... amiga, irmã, eternamente grata.
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ouvindo: sinceramente - cachorro grande.
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ouvindo: sinceramente - cachorro grande.
