sexta-feira, 15 de junho de 2007

apaixonada.

e, talvez, a paixão seja mesmo um vício. apaixonar-se seja, talvez, uma espécie de reação química que faz com que tudo, de repente, fique melhor, maior e mais bonito. paixão essa seja ela qual for.
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graças à deus, sou uma pessoa apaixonada. por outras pessoas, por coisas e por lugares. e, graças à deus, eu não sei precisar os motivos. assim é mais poético. e se eu sofro por conta das minhas inúmeras paixões, não me abalo. afinal, quem não sofre, me perdoe mas... não vive.
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há coisas na vida que aprendi a aceitar. ou, talvez, nunca tenha lutado contra. sofro em minha própria causa quando piso errado e torço meu tornozelo andando em direção ao que eu quero. não acho que é à toa. nunca achei. nunca hei de achar. ninguém sofre à toa, meu bem. todo sofrer tem um propósito, mesmo que seja, em última estância, fazer com que cresçamos para nós e para o mundo.
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assim sendo, quem sou eu para negar um dos estágios mais belos e poéticos da existência humana? apaixono-me sim e sofro as conseqüências, de bom grado.
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amarei um dia e, acredite, a sofreguidão vai estar lá. porque as coisas são assim. o sofrimento, o azedume, o amor e a paixão andam todos de braços dados pelos corações. um completa o outro e essa é a maior das verdades.
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quem amar sem se apaixonar, amou como? quem amar sem sofrer, amou o quê?
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onde já se viu o mar apaixonado por uma menina?
quem já conseguiu dominar o amor?
por que é que o mar não se apaixona por uma lagoa?
porque a gente nunca sabe de quem vai gostar.

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ouvindo: ana e o mar - o teatro mágico.