suave coisa nenhuma.

talvez você precise fazer algo por você.
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então, olhei para aquele corpo ainda tenro que, agora, estava deitado pela extensão do sofá. alvos cabelos em cachos, olhos azulados e esperançosos, longilíneo, jovem. pensei em fazer algo por mim, naquele instante. pensei em me deitar a seu lado, esperar que ele me notasse então e que, intuitivamente, pousasse a cabeça em meu externo e que, assim, eu pudesse acariciá-lo como uma mãe que acalenta o filho entre os braços.
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pensei, naquele instante, em lhe ser igraine. devotada ali eu estaria, aquecendo meu uther de cabelos alvos e grossos que se espalhavam entre meus dedos. tive vontade. quis tocá-lo como se me fosse um bem precioso. quis beijar-lhe a boca quente e úmida. quis, simplesmente quis. quis poder ser impulsiva naquele momento e tomar o que meu corpo e minh'alma imploravam-me.
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mas, e depois? depois que se esvaísse todo fogo e, por fim, sobrasse a fumaça, eu voltaria. e deixari-o lá, nas montanhas, livre. e eu, como bem me conheço, estaria tão presa como pássaro em gaiola. porque quem nasce para igraine jamais será uma sacerdotisa de avalon, livre para amar quem bem entender quando bem entender.
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leve como leve pluma
muito leve, leve pousa
muito leve, leve pousa

ah, simples e suave coisa
suave coisa nenhuma
suave coisa nenhuma

sombra silêncio ou espuma
nuvem azul
que arrefece

simples e suave coisa
suave coisa nenhuma
que em mim amadurece

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ouvindo: amor - secos e molhados.